sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Brasil, Anos 50


Uma velha revista de 1959 deu-me, era eu miúdo, uma imagem do Brasil que conservei para sempre, apesar de contraditada pelo que fui sabendo ao longo da vida. Como revista de propaganda, enaltecia o país, através de dados estatísticos e fotografias. Mas tinha material informativo que valia por si. Gostava dessa informação e, por outro lado, impressionavam-me as imagens das cidades e, em particular, dos arranha-céus. As páginas finais sobre Brasília, em vias de de se tornar a nova capital, reforçavam a imagem de modernidade. Numa página uma foto do Palácio Presidencial da Alvorada, noutra, a foto do Presidente Kubitschek de Oliveira a assinar a lei que fixava a data da transferência da capital. Era o remate de uma ideia de progresso. Não é tão despropositada esta visão. De facto, do que fui aprendendo ao longo da vida sobre o Brasil retive um dado. Os anos 50 e a primeira metade dos anos 60 foram anos felizes para este país. Havia uma classe média relativamente próspera, a liberdade própria de uma sociedade aberta e tolerante e optimismo. Não por acaso, talvez, foi o tempo da 1ª Copa do Mundo (a da Suécia) e do aparecimento da Bossa Nova. Dir-se-ia que, desde esse tempo, houve um retrocesso...

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.