É certo que o video de Maitê é um pouco ignóbil, um tanto boçal, mas parece-me que, absurdamente, se está a transformar o assunto em casus belli. Que exagero! Além disso, Maitê já apresentou desculpas e, por outro lado, aludiu algo que talvez não deixe de ser pertinente: uma certa falta de humor entre nós... Esta hipersensibilidade nacional é sintoma de um incurável complexo de inferioridade.
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Dedico o poema abaixo, escrito pela mãe de Miguel Sousa Tavares (pena é que não o tenha assimilado...), a Maitê Proença e a todos os que acham que, perante dislates, ainda temos "uma certa falta de humor".
ResponderEliminarAS AMORAS
O meu país sabe às amoras bravas
no verão.
Ninguém ignora que não é grande,
nem inteligente, nem elegante o meu país,
mas tem esta voz doce
de quem acorda cedo para cantar nas silvas.
Raramente falei do meu país, talvez
nem goste dele, mas quando um amigo
me traz amoras bravas
os seus muros parecem-me brancos,
reparo que também no meu país o céu é azul.